Eu sou do tipo inquieta e curiosa. Eu penso, logo escrevo. Aqui vocês irão encontrar pelo menos um terço dos meus pensamentos diários. Não me limito a apenas imaginar, eu coloco no papel e eternizo histórias, pra serem lembradas o tempo todo.

terça-feira, 29 de abril de 2014

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Como ousas entrar assim na minha vida, acertar em todos os pontos e logo depois me desconsertar dessa forma? Até ontem eu era a durona, a inabalável, a dura na queda. Mas, depois de ti eu afundei numa fase de insanidade, e todos os dias eu acordo, olho no espelho e dou de cara com uma pessoa que eu nunca fui, uma desconhecida.
Daqui por diante, só me procura se tiver algo de bom a me proporcionar, vou andar com um crachá por aí informando que sou "estagiária da vida". Sim, estagiária pois preciso reaprender a viver sozinha, assim como eu vim ao mundo. Nasci sozinha, não? Por que eu dependeria de alguém pra ter minha felicidade de volta?
Quero voltar a bater no peito com orgulho, e dizer que essa sou eu.Que essa é a cara da felicidade. Que esse é o meu jeito de andar, segura de ser.
Só volto a competir neste mercado de amores, encontros e desencontros, a hora em que eu me sentir realmente pronta novamente pra passar por tantos testes, provas e fracassos. Eu vou tirar férias de tudo aquilo que me cansa e me dar ao direito de viajar comigo mesma, de conhecer lugares novos dentro do meu próprio eu.
E aí sim, quando eu estiver curada de todo esse estrago, bem treinada para ingressar nesta carreira massante e competitiva mais uma vez, eu volto à ativa e com tudo que tem de melhor no meu case de sucesso.

Um beijo sociedade, até menos!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Sempre há!




Felicidade é saber ver o lado bom das coisas, né?
Hoje eu consigo dar valor às pequenas coisas, até pro sol que está lá na rua ou o céu nublado, o ventinho e o dia cinzento nas tardes de inverno. Não venham me dizer que sou otimista demais, apenas cansei do pessimismo e "mimimi" da sociedade!
Acredito que a cada manhã/tarde que acordamos, é uma nova chance pra fazermos tudo aquilo que não fizemos em outrora, pra realizar tudo aquilo que tá no fundinho da nossa mente, embaixo do nosso travesseiro. E sabe por que eu falo isso? Porque em pouco tempo de vida, em vinte e três anos de experiências mal vividas e outras vividas até demais, eu já deixei tanto de olhar pro céu, pra rua, pras crianças correndo na praça, pros pássaros voando por entre as árvores, e perdi tanto com isso. Eu perdi imagens, perdi idéias, perdi sentido, perdi admiração por estar aqui, perdi... perdi tempo!
E depois de todas essas perdas, hoje eu quero ganhos, hoje eu quero vitórias, dias bonitos ou feios, dormir o dia inteiro ou passear com os cachorros, sair ou ficar. Mas, eu quero ganhar meus dias fazendo tudo aquilo que eu desejo, sem pressa, sem choro, sem arrependimentos. Hoje, sempre que acordo, lá estou eu agradecendo por mais uma oportunidade de fazer diferente, de fazer tudo aquilo que der vontade, o que me der na telha e ser eu mesma, de corpo e alma, nua e crua.

E como já dizia Mario Quintana, "Quando abro cada manhã a janela do meu quarto é como se abrisse o mesmo livro numa página nova... "

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Nostalgia pura!





Com o passar do tempo, vamos virando pessoas nostálgicas. Bom, pelo menos comigo é assim!
Até os meus 19 anos as coisas passavam despercebidas, tudo muito rápido e quando eu vi já estava assim: com 23 anos, estudando Jornalismo, trabalhando, morando com aquele gurizinho que eu conheci na escola há 8 anos atrás. PASSA NÉ? Demais!
Quando quero lembrar do meu passado, da minha história, basta eu pegar uma caixinha de cartas, que independente de qualquer coisa levarei pra vida inteira junto comigo, onde lá estão as melhores lembranças de quando eu tinha 14, 15, 16 anos e as minhas amigas e eu éramos uma união só. Pensa em loucuras e coisas pra contar que teremos pros nossos netos! Aquela caixinha que fica bem guardada, é um momento só meu. É onde eu me deixo levar com as melhores lembranças do passado, dou risada sozinha, me emociono, tento lembrar daquele momento específico e nem consigo, outros melhores eu lembro até demais! 
É engraçado ler tantas reclamações da vida ali, que hoje soam tão 'imbecis', e que na época eram o fim. Um término de mini relacionamento que sequer existiu, uma briga entre amigas porque aquela falou pra aquela, que disse pra outra que a fulana tinha beijado o ciclano. E a mágoa transbordava por entre aquelas folhas de fichário rosa. Nossa, nostalgia é pouco! 
Em algum momento da minha vida eu parei, parei com isso e com aquilo, em outros momentos senti necessidade de retomar algumas coisas, porém, foi apenas uma necessidade momentânea, porque vi que existem certas coisas que só são legais ali, naquele dia, mês e ano. Depois passa, não passa? E é aí que a vida continua, e é aí que fazemos tudo no piloto automático e quando vê, JÁ FOI.
É a nossa mania de correr contra o tempo e poucos são aqueles que olham pra trás e podem falar que fizeram e não se arrependeram.
Pois eu, ah... eu tenho um mar de lembranças boas e de nada me arrependo. Me arrependeria se hoje escrevendo esse texto, não tivesse absolutamente  nada pra lembrar e compartilhar com vocês!!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Memórias impressas...




E um dia tu senta, coloca todas as fotos antigas em cima da cama e com elas um turbilhão de lembranças maravilhosas de um passado nem tão distante assim. Olhando aquelas fotos, tu nem lembra quando foi que aquilo tudo mudou, quando foi que tu cresceu e pra onde foi aqueles sonhos e pessoas especiais que estavam ao teu redor naqueles dias.
Olhando pra estas memórias impressas, lembrei-me do meu vô, que nos deixou há dois anos atrás. Tento lembrar dele nos meus primeiros passos, não consigo, assim como não lembro de ninguém da minha família naquela época. Só que a partir dali, quando me vi por gente, é impossível não lembrar de alguém tão presente na minha vida, na nossa vida. Eram manhãs e tardes inteiras ao lado dele, um café, uma música, uma Rádio Gaúcha, um Jornal do Almoço, uma palavra cruzada, um desenho engraçado, umas séries na televisão, foram dias e dias juntos fazendo tudo que podíamos sem sair de casa, tudo, menos a Globo. Ah, como ele odiava a Tv Globo. As nossas sextas feiras que cheiravam a peixe grelhado no restaurante do centro. Uma saída no bar da esquina pra encher minhas mãos de balas e chocolates, logo um puxão de orelha da minha mãe que não adiantava de nada. O amor falava mais alto!
Tanto tempo do lado de uma pessoa tão rica em tudo, amor, espírito, conteúdo, energia, carinho, companheirismo. Era apenas um olhar e lá estava ele me estendendo a mão quando eu mais precisei.
E depois com a minha adolescência, vieram nossos planos, os meus sonhos, os dele (que mesmo com a idade avançada jamais deixou de sonhar), minha formatura, minha profissão, a NOSSA profissão.
Ele assistiu minha formatura da Educação Infantil, da Pré Escola, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, fotografou mais da metade da minha vida e todas essas fotos que hoje estão em cima da minha cama, provavelmente foi ele quem as registrou.
Só que nada é pra sempre, um dia o sonho acaba, a vida continua e o show não pode parar. O coração puro e sincero já não bateu mais e a saudade aqui dentro apertou de um tamanho e forma sem explicação. Hoje eu penso que ele não estará aqui, do meu lado, de corpo presente assistindo a minha formatura, meu casamento, o nascimento dos meus filhos, mas sei que de algum lugar, e com certeza muito melhor que nós, ele estará aplaudindo a minha vitória.
Daqui há pouco eu chego aí pra tomarmos um café.


Dedicado à pessoa mais especial desta minha passagem na Terra, Maneca.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

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Eu sempre fui de julgar aquelas que saem distribuindo beijos e sorrisos pra todo mundo. Até que um dia eu resolvi parar e tentar escutar a história de uma distribuidora de afetos, sutilmente falando.
É, e começamos assim... senta que a história é longa minha filha.
No passado era tudo lindo, eram rosas, aromas, riso solto, perfumes, cinemas, mãos entrelaçadas, sonhos e planos. Típico.
Depois disso, vieram todas aquelas historinhas e desculpas furadas, e junto com elas as crises, a tristeza e a desconfiança andando lado a lado. Sim, a bonita "distribuidora de afetos" amou e foi amada um dia. 
E sabe aquele carinha a quem ela tanto valorizou, deu amor, carinho, beijos, abraços, dedicou dias e meses, anos, da vida? Pra ele não bastou ter uma mulher linda, inteligente, sensual, engraçada, do lado... Ele precisou de bem mais que isso, precisou de outras sem conteúdo, sem brilho nos olhos, sem mãos entrelaçadas e principalmente sem amor. 
E sabe aquela bonita da balada "distribuidora de afetos"? Ela foi um monstro criado, um monstro criado pelo otário que pensou que ela seria otária a vida inteira. Hoje ela disfarça os olhares, os aromas, os perfumes, o riso solto, os cinemas e principalmente as mãos entrelaçadas. Seus sonhos e planos amorosos estão todos dentro de uma caixa de sapato em cima do roupeiro, sem prazo pra serem colocados em prática. E a única defesa que ela usa pra tudo isso é apenas "distribuir seu afeto" e escolher um próximo cara que ela possa chamar de otário, antes que seja tarde demais e a otária da vez (outra vez) seja ela.